domingo, 18 de agosto de 2013

INTIFADA

A Primeira Intifada, também chamada guerra das pedras, foi uma manifestação espontânea da população palestina contra a ocupação israelense, iniciada em 9 de dezembro de 1987. O termo surgiu após o levante espontâneo que rebentou em 1987, no campo de refugiados de Jabaliyah, no extremo norte da Faixa de Gaza, com a população civil palestina atirando paus e pedras contra os militares israelenses.
O movimento atingiu seu ápice em fevereiro do mesmo ano, quando um fotógrafo israelense publicou imagens que mostravam soldados israelenses "molestando violentamente" os palestinos, o que suscitou a indignação da opinião pública  . A revolta só terminou no final de 1993, por ocasião da assinatura dos Acordos de Oslo.
Intifada, em árabe, significa tremer ou calafrios de medo ou doença, também significa um despertar abrupto, ou súbito, de um sonho ou inconsciência. Politicamente, a palavra simboliza o levante palestino contra a ocupação de Israel.
"Palestina é a nossa casa
Nós nascemos aqui
Nós vivemos aqui
Nós amamos aqui
Não odiamos ninguém, mas desprezamos a injustiça
Na paz acreditamos, pela liberdade nós lutamos
Nós temos o direito de viver em paz em nossa Palestina. Por isso existe Intifada."
(cântico de guerra palestino)

A Segunda Intifada ou Intifada Al-Aqsa : designa o conjunto de eventos que marcou a revolta civil dos palestinos contra a política administrativa e o ocupação Israelense na região da Palestina a partir de setembro de 2000, enquanto a Primeira Intifada ocorreu em 1987.

O movimento ocorreu em um contexto marcado pelo impasse no processo de paz entre árabes e israelenses, pela retirada israelense do sul do Líbano (interpretada por alguns como uma vitória do Hezbollah), pela disputa de influência entre as facções palestinas do Fatah e do Hamas e pelo desagrado de uma parte da população israelense em relação às concessões feitas pelos acordos de Camp David (julho de 2000) e da Conferência de Taba (2001) e por ataques terroristas, como por exemplo o Atentado suicida do Dizengoff Center e o atentado terrorista da pizzaria Sbarro.
Em 27 de setembro de 2000, um atentado palestino provoca a morte de um colono judeu no assentamento Israelense de Netzarim, na Faixa de Gaza.
Em 28 de setembro, Ariel Sharon, à época um parlamentar do partido Likud, de oposição ao governo de Ehud Barak), visita, protegido por um grande aparato de segurança, o Esplanada das Mesquitas/Monte do Templo, em Jerusalém. Mais de 1000 palestinos estão presente, dentre os quais muitos jovens membros da chabiba, originária do Fatah. A visita é interpretada pelos palestinos como uma provocação.
Após a partida de Ariel Sharon, violentos confrontos opõem palestinos e israelenses junto ao Muro das Lamentações. Sete palestinos são mortos e centenas são feridos. Nos dias seguintes, a violência prossegue com ataques palestinos aos territórios ocupados por Israel, na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.

Números
Segundo relatório da Organização Betselem, Até 2004 953.499 pessoas tinha sido mortas: 635 israelitas, incluindo 110 crianças. E todo o restante, palestinos, foram mortos pelas forças israelitas de segurança, incluindo pelo menos mais da metade são civis que supostamente não teriam participado do conflito, dentre 558 crianças.
Os episódios de violência se sucederam até o ano de 2006 Os números da Segunda Intifada, em 15 de fevereiro de 2006, chegavam a 4.995 mortos dos quais 3.858 palestinos e 1022 israelenses.
Detenções e castigo coletivo
Em 2004, 7.366 palestinos encontravam-se detidos por Israel: 386 das quais crianças; 760 deles encontravam-se em detenção administrativa sem terem sido formalmente acusados ou julgados.
De 2000 a 2004 o exército israelense demoliu cerca de 3.700 casas palestinas: 612 casas foram destruídas como castigo contra famílias de palestinos suspeitos de tentar realizar ou de ter cometido ofensas violentas contra civis ou forças de segurança israelitas; 2.270 foram demolidas pelo argumento de “segurança”; mais de 800 demolições administrativas foram realizadas contra casas construídas sem permissão israelense.5
Foi também durante a segunda intifada que a ativista membro do The International Solidarity Movement (ISM) Rachel Corrie foi morta em 16 de Março de 2003 pelas Forças Armadas de Israel enquanto tentava, juntamente com outros ativistas, impedir a destruição de casas civis na região de Rafah.
Fonte : Wikipédia

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